quinta-feira, 16 de junho de 2011

Falta de apoio do governo leva produtor da região metropolitana de Curitiba ao abandono da piscicultura

No dia 4 de junho conversamos com o avicultor Luis Carlos Chuves, morador de Mandirituba- PR, sobre as atividades que ele desenvolve e que estão ligadas à pesca e criação de peixes, bem como sobre a existência de projetos que venham a beneficiar os produtores da região. Chuves concilia avicultura, atividade principal na propridade, com o pesque- pague, que funciona apenas no verão.
O produtor contou que está envolvido na atividade há 13 anos, e que no passado adquiria alevinos e trabalhava com a criação de peixes, atividade essa facilitada pela presença de um extensionista da Emater que o auxiliava no manejo dos viveiros, na quantidade correta de ração fornecida para os peixes e com os  aspectos sanitários. Foi por sugestão do extensionista que o produtor criou o pesque-pague.
Indagado pelo motivo do abandono da atividade, Chuves afirmou que sem assistência técnica e apoio da prefeitura, não há condições para continuar com a criação: "A prefeitura traz os alevinos mas não presta nenhum tipo de apoio. Não há estrutura, sendo assim os peixes morrem".
Em relação as perspectivas quanto ao futuro do pesque-pague, há a pretensão do encerramento dessa ocupação em função da falta de funcionários e do baixo rendimento alcançado.
Observamos que falta estratégia e organização na gestão do pesque-pague, pois os visitantes furtam equipamentos e produtos no interior da propriedade. Também não existe um controle de saída dos peixes e demais itens ofertados no local.
No mesmo dia, visitamos o Secretário da Agricultura do município de Mandirituba, Marcos Dalla Costa. O secretário afirmou que o papel da Prefeitura no desenvolvimento do setor na região é a intermediação na entrega de alevinos aos produtores, e que existe "algum" apoio técnico a eles.
Para Daniel Hundt, presidente da Associação de Piscicultores da Região Sudeste, a baixa produtividade da piscicultura está diretamente relacionada à falta de qualificação técnica: "Os produtores da região não conseguem competir com os de Santa Catarina". Mesmo incluindo o preço do frete e 12% de imposto, o peixe do Estado vizinho acaba saindo mais barato do que o paranaense. “Em qualquer atividade tem que haver eficiência para poder competir em mercado”.




Foto do produtor Luis Carlos Chuvi na propriedade em Mandirituba:



Placa identificando o pesque-pague:



Fotos do interior da propriedade:





Um comentário:

  1. Meninas, maravilhoso o trabalho de vocês! Muito interesante o enfoque dado ao blog.


    Vocês vão longe!!!

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